quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ele queria a vida...


Enviado por Zaira Silva Borges

Estamos na semana da Paixão. Jesus foi perseguido e assassinado porque queria a vida, o que o sistema político e religioso da época negava à maioria do povo. Morreu na cruz porque pregou o amor, a verdade, o Reino. O sistema econômico, político –estão aí as guerras– e religioso do mundo de hoje também muitas vezes leva à morte quem prega a vida, quem luta pela igualdade, quem quer a democracia.

Jesus não morreu definitivamente. No domingo de Páscoa, houve a passagem e a Ressurreição. Sua mensagem permanece viva e atualíssima, cortante na sua verdade e proposta de justiça. As águas que se abateram sobre o Rio Grande na quinta-feira e sobre tantas comunidades, pessoas e lugares recentemente, são sinais de morte. São enxurradas que trazem destruição, dor, sofrimento. A água, para quem tem sede, para quem planta, sempre, é sinal de vida. Não está sendo, não tem sido. Se soubermos ler os avisos das águas que caem aos borbotões, despencam como cachoeiras, atravessam galpões, estradas, casas e lavouras e levam tudo junto, podem ser sinais de que é urgente buscar a vida e a ressurreição. E que os caminhos escolhidos, as opções econômicas feitas, os valores vividos ultimamente pela humanidade só trazem paixão e morte, e não levam à passagem, ao domingo de Páscoa.

Cuidar de homens e mulheres, cuidar dos seres vivos, cuidar do ar, cuidar do planeta, como bem diz a Campanha da Fraternidade/2011 – "Fraternidade e a vida no Planeta - A criação geme em dores de parto” – é urgente, necessário, imprescindível. É o caminho do amor, da paz, da justiça, do bem viver

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